Capaz de destruir células tumorais por meio de feixes de radiações ionizantes, a radioterapia nuca esteve tão moderna, eficiente e pouco invasiva. Trata-se de um procedimento ambulatorial, em que o paciente recebe a radioterapia e vai embora. Os resultados vem poucas semanas após o início do tratamento.
No entanto, muita gente ainda tem dúvidas, pois é um tratamento oncológico cercado de estigma e desinformação. Em lugar de uma perspectiva mais realista, não são poucos os pacientes que iniciam a radioterapia assombrados por mitos e histórias de ouvir dizer.
“Existe bastante tabu, os pacientes chegam aqui com muita resistência, eles já estão abalados emocionalmente, aí tem que passar por uma radioterapia, já sentem que vão ficar todos queimados, e na grande maioria das vezes não é assim. O que o paciente precisa lembrar é que ele pode não apresentar nenhum desses sintomas das histórias que chegaram até ele. A radioterapia hoje evoluiu muito”, lembra a médica Paula Colacino Laraya (CRM/ MS 5224), radio-oncologista e sexóloga.
A especialista reconhece que existe mesmo muito desconhecimento. O ideal é que o paciente converse francamente com seu médico para esclarecer as dúvidas e começar o tratamento mais confiante e evitar postergar o tratamento, para a doença não avançar.
“Na consulta nós vamos conversar bastante, acolher o paciente, mostrar as formas de cuidados clínicos, como: hidratação, terapias tópicas, orientação alimentar, e juntamente com profissionais e família, todo suporte emocional, para o paciente passar por esse período de tratamento com menos sofrimento possível”, explica Laraya.
A radioterapia tem sido empregada desde o final dos anos 90 e permite emitir feixes de radiação de intensidade modulada. Significa dirigir doses mais concentradas de radiação na área-alvo, com a possibilidade de preservar áreas críticas, o que diminui a exposição dos tecidos normais à radiação e reduz os efeitos tóxicos do tratamento.
“Nosso objetivo é esse, diminuir a radiação onde há órgãos saudáveis e sensíveis e concentrar a dose onde é necessário, no alvo. Portanto cada caso é totalmente individualizado. O paciente passa por consulta, e simulação, prossegue para realização de tomografia computadorizada específica para o planejamento tridimensional. Através desse exame faremos a identificação dos órgãos de risco e volume a ser tratado. Seguimos com prescrição de dose e fracionamento. É gerado um cálculo físico e planejamento, para definição das incidências de entrada dos raios no corpo do paciente e avaliação dos acessórios necessários para melhor cobertura de dose. Assim geramos um plano radioterápico seguro e personalizado, só aí iniciamos o tratamento”, detalha a médica.
Com a modernização e o refinamento da técnica, ficou mais evidente o papel curativo da radioterapia. Diferentes tipos de câncer são curados com a radiação, que em casos selecionados pode substituir com vantagens a cirurgia e as morbidades associadas.
“Os principais avanços que nós conseguimos foram minimizar os efeitos colaterais nos órgãos adjacentes e aumentar a dose no câncer. Muitos pacientes também acham que podem ficar radioativos durante o tratamento, o que só acontece em casos específicos. A radioterapia externa não deixa nenhum tipo de radiação remanescente. O paciente pode ficar tranquilo porque sua família, amigos e colegas de trabalho não estarão expostos a nenhum tipo de radiação”, reforça.
Nos últimos anos, o planejamento e a execução da radioterapia viveram o impacto dos avanços em hardware e software. Nos casos de câncer que afetam a região da cabeça e pescoço, a radioterapia é cada vez mais utilizada como parte do tratamento.
“Em lugar de cirurgias que poderiam ser mutilantes, a radioterapia se apresenta hoje como excelente opção de tratamento. Nós também adquirimos novas tecnologias, a internet facilitou muito, nós conseguimos participar de congressos, estar em várias aulas ao mesmo tempo, adquirir materiais e executar aquilo que está sendo feito no mundo inteiro”, diz a médica. Por essas e outras, antes de alimentar fantasmas e se assombrar com a radioterapia, o melhor é sempre buscar informação de qualidade e conversar com a equipe médica responsável.
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