Nesses últimos tempos a saúde teve um papel fundamental na vida das pessoas. E uma das especialidades medicas que sempre teve maior participação neste contexto, a Dermatologia carrega consigo múltiplas facetas medicas pois é responsável por cuidar do maior órgão do corpo humano, a pele.
Neste 5 de fevereiro, Dia do Dermatologista, muitas pessoas ainda reduzem a especialidade apenas aos cuidados das doenças da pele e tratamentos estéticos “superficiais”.
Segundo o dermatologista, professor da UFMS e sócio efetivo do SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), Dr. Alexandre Moretti, a dermatologia é uma especialidade Clínica, cirúrgica e Cosmiátrica, que engloba grandes áreas e estudos da pele, além de doenças dos cabelos, unhas, mucosas e infectocontagiosa.
Quando se fala somente em pele, estima-se que exista mais de 3 mil doenças dermatológicas que afetam crianças, adultos e idosos, que podem variar de leves a graves e exigem atenção. Entre essas doenças está associada ao grande número de mortalidade, pelo câncer de pele. “Antigamente antes dos imunobiológicos, a mortalidade era bem avançada. Hoje com esses imunobiólogicos isso já mudou, a ciência conseguiu diminuir a mortalidade em 50% dos casos”. Explicou Moretti.
A propósito, muitos não sabem, mas dermatologistas costumam fazer o diagnóstico inicial de doenças sexualmente transmissíveis – todas com manifestações cutâneas. “Nós fazemos o diagnostico as vezes de uma doença que é interna. São doenças inflamatórias, infectocontagiosas e tumores, que tem manifestações internas, mas que aparecem na pele”.
Em 2020, então, pesquisas clínicas revelaram ao mundo que até mesmo o novo coronavírus (Covid-19) apresenta sintomas na pele, conforme grau de gravidade da doença – o que reforçou a importância do olhar multidisciplinar de profissionais da saúde na identificação da Covid-19.
“Existe várias manifestações cutâneas no curso do coronavirus da doença, da evolução do covid-19, principalmente as doenças oclusivas de vasos, coagulação intravascular disseminada (CID), pequenos vasos causando lesões na pele. Mas existem outras apresentações, pitiríase rosa entre outras. E que precisam de tratamento”.
Para o dermatologista Dr. Lucas Basmage, ressalta a importância dos avanços tecnológicos e biológicos que a ciência desenvolveu nesses últimos anos, e que o aperfeiçoamento deve ser constante na área de atuação. “Tudo que fazemos; é realizado através de embasamento científico; o aumento do número de congressos e cursos; aumentou nosso aperfeiçoamento e segurança para paciente. Acredito que o grande lema é medicina baseada em evidência cientifica”
Moretti, ressalta ainda que a dermatologia focada no tratamento de doenças inflamatórias, como a psoríase, evoluiu consideravelmente nos últimos anos. “ Antigamente não havíamos conhecimentos da fisiopatogenia das doenças. Hoje temos um arsenal de tratamentos que temos o controle total da doença é uma doença crônica e se o paciente tomar aquela medicação ele terá controlado a doença sem nenhuma lesão cutânea sem manifestação articular”.
Outra doença que teve um importante avanço foi a Hanseníase era uma doença que não tinha cura a alguns anos atrás, “Com a introdução da poliquimioterapia com o uso de três medicamentos notamos que a bactéria desaparece do organismo do paciente, gerando assim uma cura para essa doença. E outras com necessitam da Terapia Biológica”.