A falta de informação ainda leva muitas pessoas a não procurarem atendimento médico, muitas delas acabam vivendo com Câncer sem ao menos ter feito nenhum exame preventivo. Hoje, 04 de fevereiro, Dia Mundial de Combate ao Câncer é uma iniciativa da União Internacional de Controle do Câncer (UICC) desde 2005.
O intuito dessa ação é conscientizar a população sobre o combate à doença. Neste ano, a campanha convida as pessoas a apresentarem sugestões de ações, mesmo que locais, para ajudar a reduzir o impacto do câncer na sociedade.
De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), para cada ano de 2020 a 2022, o Brasil deverá registrar 625 mil novos casos da doença “É importante abordar esse assunto de forma clara e didática, colocar para que as pessoas entendam a necessidade da prevenção que é o objetivo principal, para detectar precocemente a doença”, reforça o cancerologista Dr. Fabrício Colacino.
O cancerologista explica ainda que existem hoje no mundo um protocolo padrão para o tratamento eficaz da doença e que a falta de informação é o principal fator que contribui para o não tratamento. “Existe uma orientação com eficácia e existe recurso na capilaridade e acesso para todo mundo, seja no privado ou no serviço público. Portanto nós temos medidas de custeio viável, barato e aplicável na coletividade e de alta eficácia, por isso que não só oncologia tem dias de prevenção, mas como na oncologia principalmente temos muitas ferramentas para utilizarmos nos postos de saúde, na capilaridade do sistema único de saúde disponível. E quando não divulgamos e não explicamos o motivo nós incorremos o risco de não ter pessoas fazendo a prevenção por falta de informação”.
Conforme o Ministério da Saúde, os tipos de câncer mais frequentes em homens, se não contarmos o câncer de pele não melanoma, são próstata, sendo 29,2% dos casos; cólon e reto, 9,1% dos cânceres; pulmão são 7,9%; estômago com 5,9%; e cavidade oral compõe 5%. Nas mulheres, também exceto o câncer de pele não melanoma, os principais são os de mama, responsáveis por 29,7%; cólon e reto com 9,2% casos; colo do útero, 7,4%; pulmão com 5,6%; e tireoide, 5,4%. Todos esses – exceto o de tiroide – podem ser prevenidos.
Para Dr. Fabricio, um dos principais caminhos para reverter o quadro atual, é atuar no incentivo à informação sobre a doença “A falta de informação faz com que não se preencha as vagas de preventivos de mamografia e de exames para os homens, portanto a informação é tão importante quanto equipamentos que levam a cura, quanto a equipe especializada”
E algumas medidas que todos devem manter é uma alimentação saudável, sem o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e de tabaco. Portanto se faz necessário manter regularmente seus exames, e tomar as vacinas indicadas pelo seu médico.