A verba para combater o trabalho escravo contemporâneo no Brasil teve uma redução de 41% no ano passado. Ao todo, o poder público investiu R$ 1,3 milhão nas operações do tipo.
Esse foi o menor valor dos últimos 10 anos. Os dados são do Ministério da Economia e foram obtidos via Lei de Acesso à Informação com exclusividade pelo portal G1.
Em 2018, foram gastos R$ 2,6 milhões e em 2019, R$ 2,3 milhões. Em 2020, o valor foi a metade do despendido dois anos antes. É válido ressaltar que este valor é investido em combustível, diárias, material de patrulhamento e passagens aéreas.
A redução de verba gera um impacto negativo nas operações e um alcance menor da fiscalização. Com o número atual de auditores e com o orçamento previsto, é muito difícil cobrir todas as denúncias atualmente.
Segundo o Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil, no ano de 2020, em plena pandemia de Covid-19, foram resgatadas 942 pessoas do trabalho escravo no Brasil.
Em todo o mundo, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 40 milhões de pessoas sofrem com o trabalho escravo. E uma em cada quatro vítimas da escravidão moderna é criança – o que representa 10 milhões de crianças.