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DIAGNÓSTICO PRECOCE

Câncer infantil: médica alerta que atenção aos sintomas pode salvar vidas de crianças

Mudanças de comportamento podem indicar doença grave

Luana Rodrigues - Da Redação, de Campo Grande20/02/2021 - 07h05
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Nesta semana, é celebrado o Dia Internacional da Luta Contra o Câncer Infantil, 15 de fevereiro. A cada ano, cerca de 12 mil crianças são diagnosticadas com câncer, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A maioria dos casos envolve crianças de quatro a cinco anos de idade. Apesar de ser uma doença grave, com o avanço da medicina, a maioria os pacientes podem ser curados, se a doença for diagnosticada precocemente e tratada conforme recomendações médicas.

De acordo com a oncologista Rafaela Moraes Siufi Silva, diretora responsável pela Clínica Oncovitta, em Campo Grande, os principais tipos de câncer infantil podem ser diagnosticados de forma precoce se houver atenção dos pais a sintomas persistentes.

“Uma criança que é superativa, está o tempo inteiro brincando, de repente ela começa a ficar mais quieta, cansada, perde aquela vivacidade, é um sinal de alerta. Uma criança que começa a ficar pálida, que começa a ter febre persistente – aquela que sempre volta, que tem íngua com uma consistente endurecida sem dor, que sente dor de cabeça constante e apresenta vômito quando acorda, que tem perda peso considerável sem causa, manchas roxas em locais incomuns, pode ser que a gente esteja diante de uma doença oncológica”, ressalta.

A médica alerta ainda para as dores ósseas. “A gente tem a dor do crescimento, que aparece em torno dos quatro a seis anos de idade, ou a criança brinca o dia inteiro e no fim do dia tem um pouco de dor na perna, são dores normais. A dor óssea de uma doença oncológica só de você pressionar o osso, a criança pula de tanta dor, ou ela acorda com dor. São coisas que fogem do que a gente acharia normal”, explica.

Contudo, o mais importante recado aos pais é sobre mudanças no comportamento dos filhos. “Começou e ter um sintoma, ele começou a ficar mais persistente, é importantíssimo levar no médico”, reforça.

Rafaela explica ainda que o diagnóstico precoce diminui o sofrimento da criança e aumenta as chances de cura. “Uma doença pequena é uma coisa, em volume grande é outra. Por exemplo, alguns tipos de leucemia não ficam só na medula, são extra medulares, se eu pego na fase inicial, com certeza o paciente vai reagir de forma melhor. Se eu tenho um paciente com tumor ósseo, por vezes, esse paciente não precisa passar por uma amputação, eu consigo que o paciente tenha um sucesso melhor e diminuo as chances de metástase”, conta.

Tipos de câncer infantil e tratamento
Leucemia, tumores no sistema nervoso central e linfomas são os tipos de cânceres infantis mais comuns. Esses e os demais tumores que aparecem nas crianças  têm uma característica em comum: não são tão previsíveis como os cânceres mais frequentes em adultos, a exemplo do câncer de pulmão, que na maior parte dos casos, surge em decorrência do tabagismo.

“A gente não tem causas ainda, não conseguimos definir qual é a causa de uma criança fazer um câncer na infância. Sabemos que a hereditariedade está em torno de 8% a 10%, dos outros 90% não sabemos. Diferente do adulto, que muitas vezes vem muito do que consome. Então, por isso que não conseguimos prevenir o câncer na infância, o que temos é a conscientização para fazer um diagnóstico precoce”, explica a médica.

Atualmente, a arma mais importante contra o câncer infantil é a quimioterapia. Aliás, as crianças respondem melhor a este processo do que os adultos. Acontece que tal tratamento tem efeitos negativos que precisam ser suavizados. A médica ressalta que humanizar o tratamento é fundamental.

“Dificilmente a gente veta o paciente de fazer qualquer coisa. Eu quero que ele tenha a vida mais normal possível. Eu não quero que eles tenham tempo para vivenciar a doença. Eu tento mostrar que eles vão vir até mim, eu vou fazer a medicação que eles precisam e eles vão vir me visitar em determinado período pra gente fazer quimioterapia, controle, e assim por diante. Mas, fora do consultório, da clínica, a vida tem que seguir de forma mais suave possível”, finaliza a médica.

Em Campo Grande, a Oncovitta está presente na rua Coronel Cacildo Arantes, nº 543, bairro Chácara Cachoeira, ee Rui Barbosa, nº 3360. Os outros locais para atendimento são o Hospital Cassems e Santa Casa.
Há também serviço no interior do Estado, em Dourados, Ponta Porã, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, São Gabriel do Oeste, Coxim, Aquidauana e Nova Andradina, em Mato Grosso (Rondonópolis) e São Paulo (Ribeirão Preto, Sertãozinho, Pirassununga, Piracicaba, Araraquara, São José dos Campos, Franca).
Quem quiser conhecer mais sobre a Oncovitta pode acessar o site: http://oncovitta.com.br/
Nas redes sociais, também é possível encontrar a Oncovitta no Facebook e Instagram, pelo endereço @oncovitta.


 

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