Boas notícias na luta contra o novo coronavírus. Segundo a revista exame, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou ontem, (12), o registro definitivo no Brasil da vacina AstraZeneca-Oxford, com uma etapa de fabricação no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Também foi aprovado o registro do primeiro medicamento para tratamento de pacientes hospitalizados com covid-19, o antiviral Remdesivir.
A vacina de Oxford já é aplicada no país, mas apenas com registro de uso emergencial concedido para doses importadas prontas da Índia.
A Fiocruz espera entregar cerca de 222 milhões de doses neste ano, sendo 112 milhões até julho. Neste mês, a ideia é distribuir 3,8 milhões de doses. O registro não permite a venda ao setor privado, pois a Fiocruz tem apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) e organismos multilaterais como clientes.
O imunizante da AstraZeneca é o segundo com registro definitivo aprovado pela Anvisa. Em 23 de fevereiro, a agência concedeu o registro para a vacina contra covid-19 da Pfizer.
Na última semana, países europeus como Áustria, Dinamarca e Noruega suspenderam a aplicação da vacina da AstraZeneca depois do registro da formação de coágulos em pessoas que foram vacinadas. As autoridades de saúde dos países informaram que a suspensão foi uma medida preventiva, já que não há como, no momento, relacionar os casos com a vacina.
Remédio para tratar covid-19 também foi aprovado
O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa informou também que a Anvisa concedeu o primeiro registro para um medicamento com uso indicado em bula para tratamento da covid-19, o remdesivir, da farmacêutica Gilead.
O Remdesivir tinha como objetivo inicial tratar doenças como hepatite C e RSV (um vírus que, assim como o coronavírus, causa infecções respiratórias), o remdesivir (em qualquer formato) é capaz de imitar uma parte do RNA viral da covid-19, o que o faz ser uma prevenção necessária para que o RNA não se instaure de forma mais grave no organismo humano.
Dessa forma, o vírus não consegue se reproduzir ou se replicar e todo o processo de infecção se torna mais lento. O remédio pode ser armazenado em temperatura ambiente e com prazo de validade de 36 meses.O medicamento está usado de maneira emergencial nos Estados Unidos desde novembro.
De acordo com Mendes, apesar de haver muita discussão sobre o uso do medicamento, a decisão foi tomada com base em "qualidade, segurança e eficácia". O medicamento aprovado é indicado em casos mais graves da doença, nos quais os pacientes se encontram hospitalizados e entubados.
A gerente de Avaliação de Segurança e Eficácia do órgão, Renata Lima Soares, afirmou que o remédio remdesivir apresentou "potente atividade antiviral in vitro e in vivo".
Segundo a especialista, em estudos realizados fora do País que somam 6.283 voluntários, o uso do medicamento reduziu de 15 para 10 dias o tempo médio de recuperação para pessoas afetadas pela covid-19 bem como diminuiu o tempo de hospitalização e o período em que foi feita a suplementação da oferta de oxigênio.
Com informações da Revista Exame